quarta-feira, 30 de junho de 2010

7ª SÉRIES E OS RELATOS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO A BORDO DE UM NAVIO NEGREIRO.


Diário de Djâmbia.

A guerra estava chegando ao fim, e eu sabia que iria ser aprisionado, acorrentado e jogado num porão de navio sujo, com meus outros companheiros de tribo.
Como eu previa perdemos a guerra e fomos escravizados. Ficamos amontoados no navio tumbeiro durante um longo tempo em condições inimagináveis. A comida era jogada da entrada do porão, e quem estava longe da entrada, dependia da boa vontade dos outros para comer. era uma posta muito salgada. Nem preciso dizer que era horrível, mas não podiamos reclamar.
Chegando no local(não sabia dizer qual no momento, mas depois fiquei sabendo que tinhamos permanecido 52 dias em alto mar e que estavamos no um lugar chamado Brasil). Fomos colocados em uma grande rua com grande fluxo de pessoas, e tratados como mercadorias, até sermos comprados por um senhor muito bem vestido.
Agora estou aqui, neste galpão com outros escravos, todos nós destinados a morrer, negros desgraçados retirados de sua terra natal para serem forçados a trabalhar.
Alunos: Guilherme, Laila e Lilian - 7ª D.




Filhos do deserto.

Embarquei eum um navio muito grande e não sabia qual seria o meu destino. O navio possuia várias divisões e muitos andares, parecia uma boa estrutura. Nunca passei por uma experiência como essa. Muitos negros como eu, mas acorrentados, no navio entravam. Achei estranho essa cena, foi quando um homem branco veio em minha direção, me acorrentou e me jogou para dentro de um porão, onde havia uma grande aglomeração de negros escravizados, foi quando percebi a minha realidade: era um desgraçado.
Durante semanas, nesse navio viajei, sem possibilidade de me movimentar, o espaço era tão restrito que muitas vezes, eu e os outros tinhamos que alterar entre ficar em pé ou sentados. Eram muitos escravos, mais do que o navio podia comportar. Eramos mal alimentados e viajavamos em péssimas condições de higiene.
Depois de dias de viagem, fomos avisados de uma batalha, nosso destino seria definido. Chegamos no Brasil, a guerra começou. Uma das tribos, em batalha conosco, saíram vencedores, houve mortes, os que sobreviveram ficaram sob guarda da tribo brasileira. Eramos desgraçados em um país desconhecido.
Eramos homens simples, fortes e bravos, mas hoje somos apenas míseros escravos. Filhos do deserto.
Alunas: Daniela e e Luiza - 7ª C




É por isso??



Estava ali sentado, bem perto da única janela do barco, quando pensei... É só por minha cor que sou condenado a ficar dias e dias sentado na mesma posição esperando alguém abrir a porta? E por causa disso que não tenho o direito de falar o que quero, o que sinto? É por causa disso que fico esperando um mísero prato por dia?
Brasil, acho que é esse o nome, é pra lá que eu vou, mas só sei isso. Ah é... Também sei que vou ser explorado, sem dignidade, espancado, e trabalhar até a morte...
Esses dias meu colega que senta ao meu lado me perguntou: Qual é o seu sonho? Então eu respondi- Realmente, é poder falar o que eu quero, e fazer o que eu quero, não ter medo de eu me expressar com medo de ser espancado... E então ele falou: Eu quero mesmo é ser branco!! Pra comer e beber a vontade...E eu pensei...Será mesmo que isso é bom? E sinceramente, não sei, acho que prefiro ser quem eu sou, mas com liberdade, o suficiente para fazer minhas ecolhas, minhas decisões, acho tão injusto não ter dignidade por causa da minha cor, mas espero que um dia isso tudo acabe, que os negros como os brancos tenham a liberdade de expressão, com direitos iguais, mas enquanto isso vou ter que lutar, até tudo isso acabar, se acabar...


Alunos: Esduardo (10), Tainá (31) e Júlia (36) 7ª série B




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Viagem para o terrível mundo!



Me chamo Madalena, tenho 12 anos. Eu e minha família fomos obrigados a embarcar em um navio negreiro em direção ao Brasil. Fui jogada como um objeto, em um simples navio, sem condições de higiene, comida, água tudo a que se refere a um ser humano digno. Uma das minhas maiores tristezas foi ver pessoas pessoas morrendo devido as más condições do navio e meu pior desgosto foi ver minha mãe amamentar meu irmão menor, no meio de tanta sujeira.
Qundo chegamos ao nosso destino, a situação piorou ainda mais, além de imundice, fomos condenadas a trabalhar forçadamente. Se não cumprissemos esse comando, seriamos violentamente punidos. Por não aceitar essa condição, acabei sendo punida e deixando minha família e amigos. Agora que estou aqui em cima, os vejo nesse terrível mundo e a cada dia que passa, rezo por eles para que tenham força e determinação.


Alunas: Amanda (1), Júlia G.(19), Teodora (32) 7ª série B




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Dois meses em pleno mar




Entrando no navio, já percebi que esses dois meses seriam de puro sofrimento. Seria a pior experiência de toda a minha vida. Já sinto cheiro de suor, de todos os corpor juntos, no porão do navio estamos tão agrupados que nem consigo me mover. Fico me perguntando como seria estar livre, mas não consigo imaginar. Já que sou descendente de escravos.
Daqui a pouco será a hora da refeição. O cardápio do dia será o mingau de farinha com água, que comeremos todos os dias. Não sustenta ninguém, mas pelo menos não passo fome.
O nosso único passatempodesse pesadelo é rezar, para que um dia nossa vida melhore e torne-se harmoniosa. Não queremos isso para nossos filhos, por isso lutamos contra a escravidão, mas infelizmente não temos muito o que fazer, pois não temos de opinar, e muito menos de falar.
Minha filha está do outro lado do porão chorando, conseguo ouvir seus berros de fome e desespero, mas infelizmente imóvel não posso ajuda-lá, pelos meus ouvidos ouço seu choro, e pelo meu coração sinto sua dor.
Agora, pelo meu corpo escorre meu choro, pois sei que o pesadelo anda não acabou..



Alunas: Adriane (02), Luana , Bianca (21) 7ª série A




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terça-feira, 29 de junho de 2010

UMA VISITA MUITO ESPECIAL

A 5ª série D, recebeu uma visita muito especial em uma de nossas aulas de HISTÓRIA. O grupo da 4ª série B da professora SANDRA.
Os alunos realizaram uma atividade do livro de História que chama-se JOGO DO LAGO DA MEMÓRIA.
A visita teve como objetivo a interação entre as duas séries, diminuir a expectativa para o próximo ano e deixa-los mais familiarizados com o espaço das QUINTAS SÉRIES e a rotina de trabalho. Proporcionando um momento de descontração aliado a aprendizagem e socialização de HISTÓRIAS DE VIDA.
Os alunos da 5ª D adoraram a visita e esperamos que os alunos das 4ª séries voltem mais vezes.
Profª JANAÍNA.






























quarta-feira, 19 de maio de 2010

JOGO DO LAGO DA MEMÓRIA (5ª série)



















JOGO DO LAGO DA MEMÓRIA.
O objetivo do jogo é atingir o lago da memória, passando por alguns obstáculos que serão vencidos quando os alunos apresentarem coisas, relatos, histórias da família. Para jogar é preciso recorrer a todos os dados coletados até agora sobre si e sua família. Mais do que ganhar e alcançar o Lago da Memória, há o gosto pelas histórias, o prazer de contá-las e de ouvi-las, e realmente foi uma experiência FANTÁSTICA e muito PRAZEROSA.
Profª JANAÍNA.












segunda-feira, 26 de abril de 2010

Saída de Campo - 7ª B - Igreja Matriz








As Sétimas séries do Colégio Salesiano de Itajaí, fizeram uma saída de campo à Igreja Matriz ou melhor a Igreja do Santíssimo Sacramento para observar a arquitetura e conhecer este lindo patrimônio, no ano de aniversário de 150 anos de nossa cidade.
Logo após o recreio saímos do colégio e caminhamos animados para a Igreja. Lá, com a ajuda do Irmão Antônio e da Professora Janaína, descobrimos a História dos mais diferentes detalhes, desde os vitrais até as velas e as pinturas no teto. Também vimos que a Matriz é uma igreja com características arquitetônicas tanto góticas, quanto românicas, assunto que estamos estudando em sala. Depois voltamos para o colégio e discutimos sobre tudo que vimos.
Esta saída de campo também foi muito importante para percebemos o quão a igreja Matriz representa para Itajaí, o que poucos sabiam antes.
texto: Thaís Dutra.
fotos: Bruna Bittencourt Fontolan.


terça-feira, 13 de abril de 2010

Cartas De Marear - 6ª B

As sextas séries foram desafiadas a criarem uma carta de marear, algo parecido com as antigas cartas de marear utilizadas nos séculos XV e XVI. Confira algumas que foram selecionadas na socialização em sala:



DESENHO CARTOGRÁFICO MARIA EDUARDA MAFRA 6ª B.

CARTA DESCRITIVA LARYSSA CABRAL DENEGREDO:
No dia 10 de abril, partimos do nosso querido Equador até uma ilha chamada Duânia Kavânia. Nossa viagem foi muito cansativa, passamos fome, frio e até não conseguimos dormir,
estavamos querendo fazer as necessidades. Mas depois de tantas tragédias, chegamos na misteriosa ilha.
Quando nos firmamos na terra, vimos uma vegetação vasta. No início do trajeto pela ilha, não reconhecemos os animais. Então ficamos com medo pois não sabiamos se eram ferozes ou mansos. logo ouvimos ruídos vindos do interior da imensa FLORESTA. No mesmo instante vimos os habitantes daquele espaço. Tentamos nos comunicar mas, isto não foi possível, afinal não falamos a mesma língua. Depois de alguns minutos, avistamos o pajé(líder da tribo) e este por interesse sabia falar o nosso idioma. Conversamos muito.
O nosso primeiro dia em Duânia Kavânia, estava se findando.

DESENHO CARTOGRÁFICO DE ELISA MELIM 6ª B.

CARTA DESCRITIVA DE NATÁLIA VICENTE 6ªB:

Na viagem em que eu e minha tripulação fizemos até a terra desconhecida passamos por muitas dificuladades, ventos, tempestades, falta de alimentos, houve uma briga entre dois tripulantes o motivo da briga era por comida.

Viajamos por volta de dois meses(abril e maio) do ano de 1452 e chegamos na terra no final de maio. Quando vimos a terra decidimos parar, pois era tudo muito bonito, com muita vegetação, várias árvores, um sol lindo, muitos pássaros de várias espécies e por lá existiam muitos frutos.

Era uma terra realmente magnífica e para nossa surpresa encontramos nativos que falavam uma língua diferente da nossa, não tapavam suas vergonhas e se pintavam.

DESENHO CARTOGRÁFICO DE INGRID REBELLO 6ªB:


CARTA DESCRITIVA DE MARIANA MACHADO 6ªB:

Esta terra, é livre da malícia da parte nativa do povo, suas vergonhas não são bem tapadas e ficam a mostra da natureza.

A viagem foi agradável, bem agradável, até os seus primeiros dez dias... os tripulantes começaram a passar mal, de fome, muitos morreram, já que a carne era rara no navio, e nos dias de chuva abriamos a boca, afim de beber algo mais puro, mais saudável.

O pacífico encontro com os nativos indescentes durou pouco também, já que o capitão não admitiu que eles tivessem contato conosco e com o navio, e eles com sua linguagem indefinida pareciam comunicar que não deixariam nós, os tripulantes, passear, visitar ou registrar aquela área bonita, cheio de mato, de verde, onde você se sente vivo de verdade, porém, com intervenção minha, conseguimos fazer uma espécie de acordo, os nativos deram-nos vinte dias, e só, apenas vinte dias para ficarmos pela aldeia, vivendo com eles.

A praia Cata demonstrou grande quantidade em frutas, alimentos, o que nos satisfez muito, considerando nosso ultimo mês. Conheci o lider dos nativos, foi ele que me mostrou a costa, o rio Igara, repleto de peixes, a região Catarina, que abriga animais de baixo perigo... o rio principal, Atalaia, tem fonte ao lado da praia Cata, onde já mencionei, e término na cachoeira mais a oeste. As trilhas são complicadas de realizar, devido aos profundos buracos que encontramos nelas.

A volta da viagem foi mais lenta, porém mais agradável, alimentos perecíveis ou não foram acrescentados ao nosso cardápio, os nativos nos deixaram lembranças... um simples copo de barro, confeccionado por eles próprios, e uma história incrivel.

Saímos daqui no dia 18/04/1458, com uma experiência divina.

DESENHO CARTOGRÁFICO GUILHERME FONTANA DE ANDRADE 6ªB:

CARTA DESCRITIVA DE INGRID BEBELLO 6ªB:

17 de setembro de 1499;

Depois de meses em alto mar, com muitas dificuldades, falta de alimentos e vitaminas que causaram muitos problemas principalmente em nossas gengives, que fizeram cair vários dentes.

Sempre em sentido Oeste, com uma pequena caravela, chegamos a um terra chamada Colômpa, que a primeira vista parecia não haver habitantes. Desistimos dessa ideia ao caminhar para o sul, encontramos pequenas casas feitas de barrro e o telhado era de palha, certamente construídas por nativos bem evoluídos, por isto não tivemos muitos problemas, a não ser porém pela falta de comunicação. A terra com muitas vegetações, limpa e rica em pedras. Suas águas limpas porém escuras, tivemos dificuldades com um grande peixe, o maior perigo. O tempo sempre bem quente, sol forte e escaldante.

Gostei da terra, muito bons ares e em momento algum passamos fome.

DESENHO CARTOGRÁFICO DE LUÍSA 6ªB:

CARTA DESCRITIVA BRUNA 6ªB:

Ao leste encontramos uma terra que nomeamos como Nova Redbull. Lá não encontramos nativos e vegetação, então seguimos para uma outra ilha muito parecida com Nova Redbull, sem nativos e vegetação, onde ventava muito, chamamos esta ilha de E.T. não gostamos de nenhuma das ilhas que haviamos encontrado, então fomos para a terrra mais próxima, onde podiamos ver montanhas, muita vegetação, nativos e lagos.

Lá era muito quente, não fizemos nenhum contato com os nativos, apenas os vimos. Batizamos essa terra de TERRA DO SEMPRE e depois partimos, mas, antes nos alimentamos. Quando saímos da Terrra do Sempre nos alegremos pois encontramos um ótimo lugar para acampar, buscamos em nossas embarcações materias de construções, fizemos algo parecido com um castelo, uma fortificação para quando retornarmos. Passamos um mês nessa terra que nomeamos como o Fim do Mundo e partimos.

Demoramos em torno de quatro dias para chegarmos na próxima ilha, demos o nome de C.R.Flamengo. Lá não havia muita vegetação, nem nativos, existia apenas um pequeno lago. Neste local ficamos apenas algumas horas e seguimos para nossa terra. Concluímos nesta busca para encontrar novas terras, que nenhuma delas possuia muita vegetação, apenas a ilha Fim do Mundo, que pretendemos voltar e mostrá-la para vossa majestade.